“VÍCIO PROCESSUAL”. Comenta prefeito afastado de Mesquita sobre decisão de vereadores
Por Wagner Sales
"Respeito a
decisão da Câmara Municipal. Mas é notório que está havendo um vício
processual. Não fizemos um empréstimo. Foi realizada uma transferência de recursos
entre órgãos do próprio município para pagar os salários atrasados dos meses de
outubro, novembro, dezembro e 13°, da gestão anterior”. Com esta justificativa
o prefeito afastado de Mesquita, na Baixada Fluminense, Jorge Miranda (PSDB)
comentou em nota oficial a decisão dos parlamentares que o retirou do cargo na
manhã desta terça-feira (1/8). Nove vereadores votaram a favor do afastamento, dois
contra e houve uma abstenção. A cadeira do prefeito está ocupada pelo vice-prefeito,
Waltinho Paixão (PROS).
Miranda recorreu em fevereiro a um empréstimo de cerca de R$ 14 milhões
para colocar em dia os salários atrasados dos servidores municipais. O prefeito
tomou a decisão sem levar à votação na Câmara Municipal, que por sua vez instaurou
uma Comissão Processante. Miranda alega que a operação financeira foi realizada
através de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre o município, o
Ministério Público e a Defensoria Pública.
“Nesse acordo judicial, o
Sindicato Estadual dos Professores do Rio de Janeiro (SEPE) e a Defensoria
Pública eram autores, o Ministério Público opinou favorável e o juiz competente
homologou. Portanto, não havia qualquer obrigação legal de submissão à Câmara”,
afirma o prefeito afastado. Já na ação, os órgãos destacam que este tipo de
movimentação sem a autorização do Legislativo não é comum, no entanto, o
recurso já foi utilizado em outros momentos e autorizado pelo Superior Tribunal
Federal (STF).
Miranda afirma
que vai recorrer à Justiça para reaver o cargo e está “com a consciência
tranquila de que fizemos o certo”. “Agora, vou apresentar a minha defesa e
aguardar a decisão da Justiça”, comenta.
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