MPRJ MOVE ACP contra Afroreggae e ex-secretária de Educação do Rio por improbidade administrativa
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Tereza Porto ao lado do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (esq). Foto: Divulgação / Detran RJ |
De
acordo com a peça da MPRJ, a ex-secretária Tereza Porto assinou em 2010 um
termo aditivo ao convênio com o Afroreggae, que determinava o remanejamento dos
valores direcionados ao Projeto Papo Responsa por estar sendo executado em
outro convênio. “O que demonstra a falta de planejamento e zelo com o
patrimônio público, evidenciado o desperdício do dinheiro público em valor equivalente
a R$ 165 mil”, destaca o MP na ação. O Ministério Público avalia ainda que os
planos de trabalho apresentados para o convênio e seu aditivo foram
insuficientes em razão da ausência de fixação de metas a serem atingidas, como
o número de palestras e oficinas.
A ACP enfatiza que o convênio gerou enriquecimento ilícito do Afroreggae,
que apresentou como objeto contratual a promoção de ações de inclusão social e
redução de violência aos alunos da rede estadual em áreas de risco, por meio de
atividades socioculturais. A funcionária da Seeduc, Mônica Reis Marzano, atuava
como gestora do convênio e apresentou prestação de contas sem comprovar o custo
unitário de cada atividade executada, além de não informar a ausência de
prestação de ações previstas no objeto do contrato, de acordo com a ACP.
OUTRA AÇÃO CONTRA A EX-SECRETÁRIA DO GOVERNO CABRAL
Em 2014, o MPRJ
ajuizou outra ACP contra Tereza Porto, também por improbidade administrativa. As
suspeitas de irregularidades giravam em torno do Projeto Climatizar, firmado
entre a Seeduc e a empresa Bellorio Engenharia e Serviços, responsável por equipar
salas de aula com aparelhos de ar-condicionado. Na época, o MPRJ apurou que
ex-secretária, juntamente com o ex-subsecretário Júlio César Miranda da Hora, o
servidor Mauro Floret Ribeiro e a Bellorio teriam cometido "falhas
graves" na execução do projeto, resultando em prejuízo de R$ 8 milhões aos
cofres públicos e ainda impossibilitando uma economia de cerca de R$ 13 milhões
ao estado.
O MPRJ considerou,
através da 6ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, que
a Seeduc falhou na administração dos bens públicos, comentando “erro
grosseiro" e de "um desvio de finalidade" que "beira a
má-fé”. Para a promotoria, o contrato era referente ao aluguel e manutenção dos
aparelhos de ar-condicionado, assinado com a Bellorio para o período de um ano,
poderiam ter sido de compra definitiva dos equipamentos.
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