DECLARAÇÃO POLÊMICA: ministro não pede desculpa e “foge do debate” com médicos

A classe médica ainda aguarda por pedido de desculpa do ministro da Saúde, Ricardo Barros, após ele declarar em evento com gestores municipais que “o médico precisa parar de fingir que trabalha”. A retração foi exigida por representantes da categoria que estiveram reunidos com o ministro na sexta passada (4/8). Mas no lugar de uma satisfação, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Jorge Darze, afirma que Barros “fugiu do debate”.

Darze conta que o ministro não admitiu ter cometido qualquer erro e ainda imputou aos médicos uma interpretação equivocada do seu discurso, além de ter abandonado a audiência com a classe para participar de uma entrevista solicitada por uma emissora de TV, não retornando ao compromisso. “Ele [ministro Ricardo Barros] fugiu do debate, do diálogo que tentamos abrir com ele para esclarecer esta declaração grosseira contra os médicos”, considera Darze.
Ministro Ricardo Barros. Foto: MS


Na opinião do presidente da Fenam, o discurso de Barros “fere o principio da Administração Pública, porque ignora as regras de civilidade e da urbanidade”. Darze classifica a atitude do ministro como “um péssimo exemplo de promoção da cizânia entre a população e os médicos”. “Uma parte da população atribuiu ao médico uma parcela de responsabilidade pela precariedade nas unidades [de atendimento médico]. Isso [declaração do ministro] instiga a violência entre a classe [médica] e o paciente. Foi uma irresponsabilidade da parte dele”, afirma. Darze também lamentou os aplausos da plateia que sucedeu o discurso de Barros. “Foi um tratamento desrespeitoso, uma agressão aos médicos”, considera.

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