A VIOLÊNCIA e o império do silêncio

Na cidade mais violenta do Estado do Rio, vereador vai à tribuna do legislativo e promete resolver diferenças na “mão e na bala”


A lei do silêncio não impera apenas nas ruas da cidade que até o ano passado foi considerada a mais violenta no Estado do Rio. Na Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, as coisas também se revolvem “na mão ou na bala”.
Na sessão de quarta-feira (9), o vereador Fred Machado (PPS) patenteou esse perfil violento. Ele avisou em discurso na tribuna que os colegas que têm assessor que “fale mal de vereador”, era bom adotar cautela, porque de uma hora para outra poderia acontecer o pior.
“Se eu sentir que alguém falou mal de mim eu não vou nem conversar (…) e se não for na mão, vai ser na bala, vai no que for”, disse o vereador. Machado é líder do prefeito Rafael Diniz (PPS) no legislativo. Não se sabe, no entanto, se o tipo parlamentar valentão é parte de uma doutrina administrativa.
A retórica, no entanto, tinha endereço certo: o assessor parlamentar da vereadora Linda Mara Silva (PTC), Áquila Dias.
Ativista das redes sociais, Dias havia cutucado as onças com vara curta meses antes, ao mostrar a empresa do vereador governista Marcelo Coutinho, o Marcelo Perfil (PHS), adesivando as ambulâncias da prefeitura, o tipo de prestação de serviços que deveria ser alvo de uma investigação do Ministério Público de Tutela Coletiva.

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