Perversidade leva gênero Nelson Rodrigues ao palco da Casa da Gávea

As cortinas se abrem para a discussão do cotidiano dos brasileiros. Mas as tramas são avaliadas além da superficialidade dos temas e ganham uma abordagem psicológica, expondo os mistérios do ser humano e até que ponto as pressão das relações podem levá-lo. O pano de fundo é do espetáculo teatral P​erversidade, de Cazé Neto. A obra, em temporada na Casa da Gávea, na zona sul do Rio, tem a clara influência dramática de Nelson Rodrigues e Plínio Marcos, com a proposta de refletir sobre a linha tênue entre a construção do caráter e seus desvios.​

Tonico, malandrão e sem caráter, sabe que Pedro, o português dono do bar e à quem deve dinheiro, deseja sua mulher. Com isso, inventa que a cunhada está para chegar do nordeste, atiçando a sanha perversa do homem. O que ele não contava era que sua própria esposa, por não aguentar a vida medíocre que leva, se faz passar pela irmã e seduz o português.

O malandrão, percebendo que perdera a mulher, vende a própria filha para o Pereira, a quem também devia favores e dinheiro. Jandira, a mulher do Pereira, se entrega, por vingança à Tonico e os dois vão contabilizar o que lucraram com toda essa roda viva.

Perversidade, no palco da Casa da Gávea. Fotos: Luiz Paulo Silva
Elenco​: Regina Alves,Sandra Abreu,Gil Milagres,Carolina Gaio e Van Ferrari.
Texto e Direção Cazé Neto.
Produção: Fazzarte Produções Artísticas.

Serviço: 
Perversidade
Local: Casa da Gávea ​- Praça Santos Dumont ,116 - Gávea. Tel: (21) 2239-3511
Dias e horários: Sábado,21h / Domingos,20h
Temporada: Até 03 de abril.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) / R$20,00 (meia entrada).
Classificação Indicativa -14 anos

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