Sobreviventes da chacina que chocou o país lamentam aprovação da redução da maioridade penal

De uma rotina de violações na adolescência, eles conseguiram mudar de rumo através da educação


Jornal do BrasilCláudia Freitas

"Esta semana tivemos o maior genocídio que este país já viveu, quando foi aprovada a PEC da redução da maioridade penal. Em apenas cogitar este projeto já é a maior chacina do Brasil". Com este sentimento, o agente cultural Adilson Dias recebeu a notícia da aprovação  da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/1993, pela Câmara dos Deputados, que trata da redução da maioridade penal para crimes graves de 18 para 16 anos. A empreendedora Claudete Costa, também critica a emenda, que para ela "vai render bilhões nos bolsos daqueles que estão empenhados".
Nos últimos dias, Adilson e Claudete acompanharam pela imprensa cada passo da votação da PEC no Plenário e se dizem decepcionados com o resultado, mas eles ainda têm esperança de "uma virada" da bancada governista. A PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara, na madrugada de quinta-feira (2/7), após ser rejeitada pela Casa em votação que aconteceu 24 horas antes. A história de vida dos dois prova de forma inquestionável que as medidas sugeridas pelas autoridades, especialistas e entidades voltadas aos direitos das crianças e adolescentes para resolver o problema da criminalidade no país envolvendo menores, pode dar resultados eficientes e mudar a realidade brasileira. Adilson e Claudete são sobreviventes da conhecida Chacina da Candelária e conseguiram transformar uma rotina marcada por violações e crimes durante a adolescência através da educação e práticas culturais.



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