Copa do Catar: mortes de imigrantes e corrupção no foco de entidades de Direitos Humanos

Representante da ITUC acredita que 4 mil pessoas devem morrer pelas condições de trabalho no Catar


Jornal do BrasilCláudia Freitas e Augusto Mello
A secretária-geral da International Trade Union Confederation (ITUC), Sharan Burrow, considerou “inacreditável” a reeleição de Joseph Blatter na presidência da FIFA. Burrow é autora do relatório que a entidade divulgou em âmbito global retratando de forma fiel os canteiros de obras dos estádios em construção no Catar, para a Copa de 2022, que mantém em regime de “escravidão” milhares de imigrantes do sul da Ásia e, mais recentemente, da África. Em entrevista para o Jornal do Brasil, Burrow revelou que mais de quatro mil trabalhadores devem morrer em conseqüência das degradantes condições de serviço oferecidas por grandes empreiteiras terceirizadas.        
O escândalo de corrupção que atingiu o topo da pirâmide da Fifa esta semana, com as prisões de “cartolas”, suscitou reflexões de Burrow acerca das condições dos imigrantes no Catar, em torno da Copa do Mundo. A executiva da ITUC ressalta que o mundo não pode esquecer que os imigrantes no país árabe correm risco de morte decorrente das precárias infraestruturas destas empreiteiras nos estádios que estão sendo erguidos do zero, além do perigo ocasionado pelo ritmo acelerado das obras com prazos apertados para finalização. “A Fifa não conseguiu estabelecer os direitos trabalhistas e adequadas condições de trabalho para os pobres imigrantes que estão pagando um preço alto no Catar”, acusa ela.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Feijoada do Sheraton

Miguel Ângelo, músico do The Fevers, morre aos 65 anos, no RJ

Informa sobre Robertha Portella