MPF DENUNCIA 16 por tráfico internacional de armas
No Rio, o Ministério
Público Federal denunciou 16 pessoas envolvidas em tráfico internacional de
armas. Ao longo de três anos, entre 2014 e 2017, os acusados importaram 75
vezes armamentos em desacordo com as exigências legais. Nas declarações de
importação, constavam aquecedores e bombas d'água, mas, na verdade, chegavam ao
Brasil meras carcaças dos produtos declarados, em que no interior eram
escondidos armas de fogo, acessórios e munições de uso restrito.
A acusação foi resultado de investigação iniciada
a partir da apreensão, em 1º de junho deste ano, pela Polícia Civil do estado
do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia Federal, de 60 fuzis, 60 carregadores e
140 munições no Aeroporto Internacional do Galeão, oriundos de Miami, Estados
Unidos da América. A estimativa é que durante três anos o grupo
enviou para o Brasil, cerca de 297.000 de munições e cerca de 1.043 fuzis com
carregadores. As armas eram adquiridas por valores entre US$ 2.500,00 a US$
3.500,00 e vendidas por valores entre R$ 37.500 e R$ 53 mil.
Crime
A denúncia foi integralmente recebida pelo juízo
da 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que também determinou, a pedido
do Ministério Público, a prisão preventiva de quatorze dos denunciados. Fredererik Barbieri, Ana
Cláudia Santos, João Filipe Cordeiro Barbieri, Alexandre Cláudio Duarte Pires,
Edson da Silva Ornellas, Mrcus Garrido Lourenço, Cláudio Alves Mendonça, Márcio
Pereira e Costa, João Victor Silva Roza, Gil dos Santos Almeida, José Carlos
dos Santos Lins, André Callil Assen, Victor Hugo Ferreira dos Santos Cardozo,
Francisco Souza Siqueira e Luciano de Andrade Faria são acusados pelos crimes de organização criminosa, tráfico
internacional e comércio ilegal de armas de fogo, munições e acessórios de uso
restrito.
Carlos Magno / Fotos Públicas |
As investigações revelaram
a existência da organização criminosa, chefiada por Frederik Barbieri, que tem
dupla nacionalidade (brasileiro e norte-americano), Ana Cláudia Santos (casada
com Frederik) e João Filipe Cordeiro Barbieri (filho do casal). Eles adquiriam
as armas em Miami, enviavam para o Brasil escondidas em aquecedores de piscina
e bombas d'água e as distribuíam a integrantes de facções criminosas que atuam
no Rio de Janeiro.
Fonte: Ascom MPF
Fonte: Ascom MPF
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